quarta-feira, 1 de outubro de 2014


Falando em VHS, que tal um filme dos anos 90? Mal Posso Esperar é de 1998, ou seja, eu estou só 16 anos atrasado com essa postagem (em minha defesa, eu estava extremamente ocupado 16 anos atrás. Power Rangers: Turbo tinha acabado de chegar na Globo, e o primeiro filho do meu amigo imaginário chorava a noite toda e não me deixava dormir). Agora, já que eu venho empurrando com a barriga essa postagem por 16 anos, o minimo que eu posso fazer é ser dolorosamente detalhado. Eu avisaria pra vocês tomarem cuidado com spoilers, mas esse filme tem 16 anos.
Então, sem mais delongas, vamos falar de Mal Posso Esperar.
O filme conta com um elenco enorme que é tão anos 90 quanto, bem, medo paralisante do Bug do Milênio. Jennifer Love Hewitt, Ethan Embry, Seth Green, Lauren Ambrose, Peter Facinelli, Charlie Korsmo, e um monte de gente super famosa entre os jovens da época que apareciam em momentos aleatórios (um oi pra Melissa Joan Hart que estava super nostálgica sobre o ensino médio, por algum motivo).
A maior parte do filme se passa em uma unica noite, a noite da festa comemorando a formatura do colegial, e é claro que essa festa é a festa. Kenny Fisher (Green) planeja perder a virgindade antes de entrar na faculdade por que aparentemente isso era super importante nos anos 90 - tão importante que eles fizeram um filme inteiro só sobre isso no ano seguinte. Só que Kenny Fisher acaba preso no banheiro da festa com Denise Fleming (Ambrose), e aparentemente eles tem um passado em comum! Enquanto isso, William Lichter (Korsmo) está planejando se vingar do valentão que vem atormentando ele a anos, Mike Dexter (Facinelli), mas acaba se distraindo com todo o álcool e as meninas e o fato de que ele não consegue sentir as próprias pernas.

YOLO

Cerveja: transformando nerds introvertidos em rockstars bem-dotados desde 6000 A.C., de acordo com a wikipedia. O filme também conta com várias histórias menores, como Melissa Joan Hart querendo que todo mundo assine o anuário dela e Breckin Meyer vestido de Prince por algum motivo. Mas a história principal do filme é a de Preston Myers (Embry), que é apaixonado por Amanda Beckett (Hewitt), garota popular com quem ele nunca falou antes - não, sério. Ele escreveu uma carta sobre a primeira vez que ele a viu (por acaso), e como ela estava comendo um Pop-Tart de morango e como ele adora Pop-Tarts de morango, o que obviamente significa que eles estavam destinados a ficar juntos. A paixão de Preston por Amanda é tão forte que ela meio que nos dá a sensação de que talvez ele tenha um altar com fotos dela e mechas de cabelo dela e um chiclete mascado por ela. Talvez ele se sente no escuro encarando uma foto dela (tirada a distancia) e sussurre "um dia" vagamente. Então é claro que quando essa carta vai parar nas mãos dela, ela entende que é amor e decide que precisa encontrar o cara que escreveu!
Esse é um daqueles filmes que são ótimos pra se assistir numa noite fria comendo pipoca e/ou tomando chocolate quente, pra sentir aquela vontade de voltar pros anos 90 apesar de saber que o filme não é nem um pouco realista e que todos nós morreríamos sem smartphones e redes sociais. O filme ganha 4 estrelas por que é bom, mas a Jennifer Love Hewitt achando super fofo que um cara vem observando ela a distancia a quatro anos e está convencido que eles são almas gêmeas apesar de nunca nem ter falado com ela é um pouco difícil de engolir.


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